Aparentemente uma mera tira de
fino tecido, de cor obscura, que realça peles cálidas de manequins andantes.
Pedaço de pano que protege, esquenta e aquece... echarpes no pescoço nu, ganham
vida própria, falam e pensam.
Na manhã da quinta-feira, do mês
e ano 10, Marta adentrou o hall do hotel Méritos, com a respiração ofegante,
roupas coladas e pelos arrepiados...
Não tinha como Marta passar
despercebida... o seu andar denunciava toda a segurança, malícia e certezas de
uma grande felina.
Mas, seria ela uma miragem, uma
criação insana ou uma criatura totalmente pecaminosa que veio para tirar-me a
sanidade?
Marta com o sorriso sublime e
contornos pecaminosos, perguntou-me se tinham quartos vagos no hotel. Claro que
eu não conseguia prestar atenção em
palavra alguma! Minha atenção voltava-se inteiramente para a bela
echarpe que encobria seus seios simétricos. Seios esses que beiravam à perfeição, e eu desejava a todo
momento sentir a echarpe, ver além daquela obscura peça...
Hipnotizado, concentrei-me rígido naquele belo
par de seios por alguns instantes... só saí do mundo paralelo com um quente
toque... o manequim andante tinha vida própria e com um movimento voluntário
topou-me. Dei de cara com aqueles suculentos lábios. Ao fundo, em baixo tom,
escutei:
- Senhor, está tudo bem? Gostaria de alugar um
quarto!
Eu, que sou um homem não tão bem casado,
cometi vários pecados e traições internas naquele momento.
Estrategicamente, levei-a ao quarto 15,
ajudei-lhe com as malas e imaginei o que tinha além daquela echarpe...
Marta agradeceu-me e perguntou
onde poderia jantar. Respondi sua pergunta com uma mentira, pois se lhe
dissesse minha verdade, chamá-la-ia para jantar em minha cama e como cardápio a
ofereceria meu corpo quente e rígido!
Após o expediente fui para casa, dessa vez o
caminho era mais envolvente. Ao chegar, cumprimentei minha costumeira e insossa
acompanhante e direcionei-me para o quarto, que ficava no segundo andar de um
casarão antigo. Na frente da minha casa havia apenas o meu hotel, o hotel Méritos...
Naquela noite, o que antes era
apenas um hotel transformou-se para mim na imagem do caminho para as Ilhas
Canárias... então, debruçado sobre a janela, observei por horas o quarto 15...
Era uma sensação extremante
excitante. Parecia que eu tinha retornado aos 13 anos. O desejo entrava pelos
meus olhos agigantando-os, fazendo-os fixar o olhar e acarretando no estrondo
de sensações internas. Era uma descarga instantânea e profunda que me fazia
apenas um órgão, apenas um pênis duro, pronto para extravasar.
Depois de algumas horas de espera, a luz do
quarto de Marta acendeu! Ela abriu as janelas, ligou a televisão, retirou a
echarpe, depois a calça ficando apenas de calcinha, blusa e salto...
Então minha imaginação disparou,
a pulsação aumentou... meus olhos se concentraram e sentiram uma atração
irresistível apenas por aquela cena que era um caminho até o prazer...
Marta estava com sua auréola atrativa de
sapiência misteriosa. Seu corpo jovem emitia feromônios na forma de onda e eu
como um leão preparado para acasalar, o senti intensamente... Então, nossos
olhares se cruzaram... esse foi um momento de tesão singular... mas para minha
surpresa, Marta não se importava em ser observada, na verdade acho que isso a
deixou excitada... seu corpo se retesou e vibrou...
Minha respiração não se deteve e pôs-me em
alerta como um predador que está em frente a sua presa. Ficamos nos olhando por
alguns minutos, até que minha suculenta caça apagou as luzes, deixando apenas a
luz do banheiro, que ficava acoplado ao quarto, acesa. Então, meu pênis pulsou
tanto quanto meu coração...
Refém daquela tensão meti a mão dentro da
bermuda e, apoiando-me de perfil para a janela, comprimi o pênis, imitando o
ritmo da mão coberta de espuma que se movia e se movia... Marta molhou os
lábios com a língua e deslizou suas mãos pelo pescoço, descendo por entre os
seios por cima da blusa... após alguns segundos de delírio, retirou a blusa e
pegou sua echarpe preta... então, começou a brincar com a echarpe...
Com a fina peça, ela seguiu alisando seu
pescoço, seus seios e começou a revirar... enquanto passava a echarpe, dava
suaves reboladas... Ah! Como isso me excitava... ela pegou a echarpe, passou
pela barriga e pôs-se a dançar com a echarpe entre as pernas. A pecaminosa
criatura queria mesmo era ver o circo pegar fogo!
Sem vergonha alguma e extrema
vaidade, deitou-se sobre a cama e brincou com a echarpe, como se estivesse a
brincar com uma longa cobra. Ela passava a echarpe pela perna, coxas, barriga,
seios... Ah! Como queria ser aquela echarpe, como era bom ter um camarote vip
no Moulin Rouge!
Eu percorri todos os seus movimentos com o
olhar e senti que a cada frase emitida pelo seu louco corpo a excitação da
adolescência... que miragem erótica, obsessiva! Marta não parava nenhum minuto,
como uma ninfomaníaca se mexia com lentidão e resvalava sua mão por todo o
corpo... os seus dedos acariciavam o peito com volúpia. Se Seu mamilo reagiu...
Depois de vários gemidos, ela passou a echarpe
pelo monte de Vênus... ela puxava a echarpe para frente e para trás... em meio
a um delírio ela tirou a calcinha...
Então molhou o dedo com a língua e refrescou o
abdômen com giros em torno do umbigo. Sua mão continuou descendo e terminou apertada
entre as coxas...Dissimuladamente, cada vez que a mão se mexia por entre as
coxas, ela estirava o polegar para roçar a vulva sobre a echarpe.
Extasiado e concentrado, contemplei aquele
espetáculo... meus olhos eram um periscópio cravado entre as pernas de Marta e
naquele polegar que eu já sentia como um irmão gêmeo do meu pênis...translouco
e totalmente vidrado nem percebi que tínhamos plateia... Renata, minha esposa,
estava parada ao meu lado com a boca aberta e com a feição singular...
1 comentários:
Muito bom o conto.,,,,,tas de parabens.......deixa ver o q ocorre depois...o casal chamaria Marta pro quarto deles ou Marta chamaria o casal para o dela?? e ae..não preciso comentar....
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